terça-feira, 22 de novembro de 2011

Propostas de intervenção no espaço da escola


Conforme indicação emanada do último Conselho Pedagógico, os alunos podem apresentar propostas de intervenção para o espaço da Escola.

Neste sentido, o senhor director fez um apelo para que os "alunos que produzam arte e a exponham nos diferentes espaços da escola por forma a melhor se identificarem com ela e a caraterizarem-na como escola artística. A direção oferece os materiais (...)"
A professora Manuela Maia é quem acompanha os alunos nestes projectos, podendo ser enviadas propostas para o seu e-mail, tal como qualquer pedido de esclarecimento adicional:
manuela.maia@antonioarroio.pt
Haverá, posteriormente, uma reunião com vista à viabilização dos projectos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Trabalho sobre a visita de estudo à Igreja e Museu de S. Roque

O Pe António Vieira acaba de chegar do Brasil.
Fala-se, em Lisboa, sobre a sua "voz" incómoda.
Um Inquisidor é enviado a S. Roque à hora do seu sermão para fazer um relatório sobre ele que o incrimine perante o tribunal da Inquisição.
Tu és esse Inquisidor.

Contudo, perante o esplendor do Barroco presente na Igreja, o Inquisidor acaba por fazer um relatório onde transparece o seu encantamento com cada um dos detalhes do Barroco aí presentes, e onde vem a inserir, também, um ou outro comentário apreciativo do estilo do pregador, completamente integrado no contexto estético onde o sermão é proferido.
É esse relatório que tu vais fazer, através do qual mostrarás o teu olhar durante a visita à Igreja.

Matriz do teste sobre o Pe António Vieira e o Sermão de Stº António aos Peixes

Estrutura:

I- Excerto do sermão,  interpretação, análise
II-Texto com espaços para preencher
III- Colunas com características e afirmações para fazer corresponder
IV- Construção de um texto argumentativo ou de um sermão

 Objetivos:
Conhecer o Sermão de Sto António aos Peixes
Analisar e interpretar
Situar um excerto na estruturas externa e interna
Identificar aspetos do funcionamento da língua
Preencher espaços de textos com afirmações importantes sobre os conteúdos
Relacionar conceitos dos conteúdos com afirmações sobre os mesmos

Conteúdos:
Sermão de Stº António aos Peixes
Estrutura externa e interna.
características do texto argumentativo.
Definição de retórica.
Características e definição de sermão.
Vida e obra do Pe António Vieira.
Características do Barroco em geral e na literatura.
Cultismo e concetismo.
Funcionamento da Língua: vocativo, processos fonológicos, deixis, valor modal
Figuras de estilo e processos estilísticos: anáfora, inversão, enumeração, repetição, paralelismo, aliteração, alegoria, antítese, apóstrofe, invocação, comparação, gradação, hipérbole, interrogação retórica, ironia, metáfora, paradoxo, perífrase, trocadilho e jogo de linguagem, uso expressivo do adjetivo. (PP de 347-350)

Outras pp por onde estudar: da 90 à 115, em especial: 90, 91, 94, 100-105, 133, Todo o texto do sermão, ficha das pp 134,135


Tópicos de avaliação para a tarefa de recitação

 Recordo:

http://risoescolar.blogspot.com/2011/11/recitacao-de-uma-passagem-do-sermao-de.html


(Na aula a seguir ao teste)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Treino de oralidade


Leitura:
Entrevista ao escritor António Lobo Antunes publicada no jornal O Jornal em Outubro de 1992.
Tendo como ponto de partida a pergunta
     “É sempre fiel a si próprio?”
O escritor respondeu
     “Sim, os livros que eu escrevo estão cheios de contradições que correspondem às minhas contradições e às contradições que existem em todos nós, às forças contrárias que constantemente nos empurram em pólos opostos…”
     “Eu penso que aquilo que faz com que nós continuemos vivos e capazes de criar é isso mesmo, uma inquietação constante. Sem ela não pode haver criação, quem não põe sempre, tudo em causa, arrisca-se a ter uma vida interior de três assoalhadas, num bairro económico (…).”

Dissertação:
Do texto lido quero tirar dois pontos de partida, as contradições e a inquietação.
As contradições
       São fundamentais para a procura de melhores soluções, colocar em causa as ideias que se têm como certas permite o evoluir dessas mesmas ideias.
A inquietação
       Uma busca permanente. O mundo que hoje conhecemos, assim como o que ainda conheceremos é o resultado da inquietação dos Homens, aqueles que por questionarem dados adquiridos à época, permitiram o evoluir das ideias e do próprio conhecimento. Tenhamos todos um espírito inquieto.

Improvisação:
“E se o mundo fosse quadrado…”
       Se o mundo fosse quadrado, quando chegássemos à linha reta do fim do mundo cairíamos para o universo, não haveria assim uma continuação. Os barcos, quando estivessem a navegar, chegados a essa linha cairiam também para o universo. Se o mundo fosse quadrado, as pessoas seriam quadradas também, os seus pensamentos seriam quadrados, logo, não existiria muita inteligência. Os objectos seriam quadrados, as cidades seriam quadradas, os animais seriam quadrados, seria tudo igual, e não teria muita graça viver com pessoas iguais a nós.

Joana Courela, nº 11, 11º A

Processos fonológicos; brincar com a língua


Síncope

Ainda se fala, na gramática, dos processos fonológicos como a síncope, onde "opera" agora é "obra", por ter sofrido duas quedas, mas uma se levantou, que foi o "p" que agora é "b" e da outra nunca mais se ouviu falar.
Temos a obra pesada e a mais apreciada.
A obra é tão poderosa como uma cobra, por nos prender tanto a "ela".

Isamy, 11º E


Pensamento do Índio e do colono


Pensamento do índio

     Prega o Padre António Vieira este sermão a questionar a existência dos males na terra, sendo que os pregadores deviam pregar a verdadeira doutrina a Cristo não a si, dizem uma coisa e fazem outra, e os ouvintes não querem receber a verdadeira doutrina que lhes é dada, imitam o que os pregadores fazem e não o que lhes dizem e em vez de servirem a Cristo servem seus apetites. Enquanto o Padre António Vieira também foi dos que nos tiraram tudo; as nossas terras, nossas plantas, nossos animais, nosso silêncio e harmonia, nosso ar puro; aquilo que era para nós o mais importante e que vocês não repararam que também vos fosse o mais importante.
     A terra é aquilo que nos faz viver e vocês, incluindo o Padre António Viera destruíram essa tesouro também para servir seus apetites…

Pensamento do colono

     Sendo eu um colono português no Brasil, pensando a avaliando o sermão do Padre António Vieira acho que desempenho um bom papel de ouvinte, porque recebo a verdadeira doutrina que os pregadores dão, é verdade que o faço o que os pregadores dizem, mas também imito o que os pregadores exemplares fazem, aqueles que pregam a verdadeira doutrina a Cristo; também sirvo os meus apetites sendo que sirvo Cristo sempre com prioridade. Claro que vai haver corrupção na terra enquanto alguns pregadores disserem uma coisa mas fizerem outra, e enquanto os índios não forem expulsos desta terra.

Rita Martins Viela; 11ºA; Nº19

Pensamento de um colono e de um índio



Assim que me ausentei da Igreja de São Maranhão, não consegui tirar o sermão de Santo António de minha cabeça. Fez-me pensar sobre a forma como o ser humano tem agido, ou melhor, como os “meus” têm agido. Até hoje, as minhas atitudes pareciam-me corretas, as mais acertadas, mas após tais palavras, reconsidero. Lutar para que o meu país fosse bem sucedido, rico e temido pelos inimigos, mesmo que isso implicasse destruir inocentes, era para mim, quase uma obrigação para com a Pátria, e não como se contribuísse para a degradação do mundo, das suas maravilhas e também da degradação do conforto ou da vida de outrem, claramente indefeso contra as nossas armas e o nosso poder. Chega de destruição, chega de sofrimento, o que é realmente necessário tem, como nome, entendimento.
                Mudarei a minha atitude, mudarei a História. Render-me-ei à vontade de Cristo, louvarei as Suas maravilhas e amarei o próximo como Ele me ama a mim.

                Ana Sofia,nº5, 11ºE





                A minha religião não é a mesma do Padre António Vieira, mas isso não me impede de apreciar palavras tão sábias. Mesmo sendo diferentes, ambas as nossas crenças são a favor do entendimento e do louvor à natureza e às suas maravilhas, a diferença é que a minha tribo pratica tais ensinamentos, já os “brancos”…O sal salga, e o problema também não é da terra, mas sim dos que a governam. São obviamente os ouvintes que não querem receber a doutrina. Desde rapazito, o chefe da tribo me ensinou a amar os animais, a natureza e tudo o que esta me dá, a ser humilde e ter bom coração. Não é isso que os “brancos” ensinam aos seus filhos? Não é essa a vontade do Deus deles? Então, o que se passa com a terra? Não é certamente o sal. Não há necessidade desta guerra, não há necessidade deste egoísmo e sede de poder. Terra, sal, índios e colonos, somos um, ou melhor, devíamos sê-lo.
Ana Sofia, nº5, 11ºE