segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Matriz do teste sobre Frei Luís de Sousa

 OBJETIVOS
- Conhecer a estrutura do texto
- Conhecer as características do texto dramático
- Distinguir drama e tragédia
- Compreender as características das personagens, espaço, tempo e ação
- Identificar traços característicos da linguagem de Garrett
- Identificar afirmações corretas
- Analisar texto
-Preencher espaços de um texto
- Desenvolver um tema de forma rigorosa, original e criativa
CONTEÚDOS
- Características do texto dramático, especificidade de Frei Luís de Sousa, classicismo e romantismo, drama e tragédia, componentes da tragédia, aspetos românticos, História e ficção, lei das unidades, messianismo e sebastianismo, espaço, tempo, ação, personagens, linguagem, atualidade da peça, a linguagem (modernidade e arcaísmos).
ESTRUTURA
I- Texto com perguntas de interpretação
Identificação de respostas certas (80)
II- Preenchimento de espaços (50)
III- Desenvolvimento de um tema à escolha entre 4 sugeridos, sobre uma temática significativa desta obra. (70)

Tão importante como a correção das respostas em termos do conteúdo, é o rigor formal e a ligação forma conteúdo.

Exposição no Arquivo Fotográfico Municipal

Rua da Palma, 246, até 30 de Março

domingo, 26 de fevereiro de 2012

"As nossas cabeças são redondas para que os nossos pensamentos possam mudar de direção"

de Francis Picabia
(inscrição na Biblioteca da escola Soares dos Reis)

Conversa, no auditório, sobre escolhas:

O melhor é escolher-se aquilo de que se gosta e entregar-se à sua escolha com alma e rigor.

 Pensamentos soltos que perduraram:

"Há emprego para todos os que forem bons e dedicados, ainda que tenham de o inventar"

"Pode acontecer um arquiteto ter começado por um curso de ourivesaria, ou vice-versa, ou um engenheiro ter aprendido design têxtil. O que é mais raro tem mais possibilidade de ter sucesso".

Visita de estudo à escola Soares dos Reis

À chegada:
À entrada

A propósito de Garrett, romantismo e mulher anjo:

Anjo És  
                                             António Carneiro
 
Anjo és tu, que esse poder
Jamais o teve mulher,
Jamais o há-de ter em mim.
Anjo és, que me domina
Teu ser o meu ser sem fim;
Minha razão insolente
Ao teu capricho se inclina,
E minha alma forte, ardente,
Que nenhum jugo respeita,
Covardemente sujeita
Anda humilde a teu poder.
Anjo és tu, não és mulher.

Anjo és. Mas que anjo és tu?
Em tua fronte anuviada
Não vejo a c'roa nevada
Das alvas rosas do céu.
Em teu seio ardente e nu
Não vejo ondear o véu
Com que o sôfrego pudor
Vela os mistérios d'amor.
Teus olhos têm negra a cor,
Cor de noite sem estrela;
A chama é vivaz e é bela,
Mas luz não têm. - Que anjo és tu?
Em nome de quem vieste?
Paz ou guerra me trouxeste
De Jeová ou Belzebu?

Não respondes - e em teus braços
Com frenéticos abraços
Me tens apertado, estreito!...
Isto que me cai no peito
Que foi?... - Lágrima? - Escaldou-me...
Queima, abrasa, ulcera... Dou-me,
Dou-me a ti, anjo maldito,
Que este ardor que me devora
É já fogo de precito,
Fogo eterno, que em má hora
Trouxeste de lá... De donde?
Em que mistérios se esconde
Teu fatal, estranho ser!
Anjo és tu ou és mulher?

Almeida Garrett, in Folhas Caídas

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Índios e colonos (ainda)

Pensamento de um colono enquanto ouvinte do Sermão do Santo António aos peixes.

Ou não fosse Cristo ter criado raças diferentes entre pessoas: humanos e homens, e não haveria ninguém que nos trabalhos duros e sujos lhes metesse as mãos e os pés. Ou não fosse cristo ter criado raças diferentes entre pessoas: humanos e homens, e nós, gente de riqueza, poder, conhecedora do universo – jamais poderíamos estragar e sujar as nossas mãos e os pés, e com isso todas as leis e regras que nos distinguem desses índios que muito pouco manifestam o trabalho que lhes damos. Manifestariam eles se na terra não reconhecessem a função que nela desempenham se não o de apoiar os grandes homens nos seus duros e pesados trabalhos.
 Oiço Padre António Vieira a pregar aqui, em São Luís do Maranhão, não entendendo qual o seu tamanho manifesto contra uma corrupção – que tanto diz ele existir na terra. Talvez por enquanto pregador e seguidor de cristo, sinta a necessidade e vontade de doutrinar o mundo para que nele caia o corpo de cristo? Se o sal salgasse e se a terra se deixasse salgar, porque precisariamos então nós da força de cristo?
 Ainda, dispondo de uma doutrina que vira mundo contra mundo, Padre António Vieira não falta em dizer que cristo não solucionara todos os pontos corruptos na terra. “E a terra que se não deixa salgar, que se lhe há-de fazer?”, diz Vieira que cristo não o resolvera, mas que Santo António, português Santo, toma solução nunca antes tomada.
 Se da terra não existisse sal que salgasse, que seria de cristo no meio de tanta malícia? Sou um homem entre humanos que presta agora ouvido a um pregador da terra, mas que de indignação e compreensão não entendo porque tanto deles vem à ideia que na terra existe tanta corrupção que nós senhores do mundo não pudéssemos resolver. Que não percam tempo com histórias e cantigas.

Gabriel Filipe Duarte Gonçalves n 10 11E

Pensamento de um índio enquanto ouvinte do Sermão de Santo António aos peixes.

 Sou um pele-vermelha. Por entre pregadores, embarco no sermão de Santo António, aqui sobre a terra no lugar de São Luís de Maranhão.
 Pregando como que de cristo se tratasse, sonhor deles, prega o seu dever enquanto pregador – Padre Vieira. E por dever, digo, que quanto pregador de referência impõe sal – como diz – aos esquecidos pregadores da doutrina.
 Pois, porque da terra sal não faltará para impedir tal corrupçção. Basta que os pregadores preguem a sua doutrina e que os ouvintes os queiram ouvir fazendo o que eles dizem e não o que eles fazem. Mas para que na terra, nossa irmã, da vida que nós dá, seja visto o efeito do sal sobre a corrupção como tem o sal sobre o tempero dos nossos alimentos, ainda que plantados e pobres – meio da nossa sobrevivência – as pessoas que dos tijolos constroem os seus abrigos têm que à terra fazer demonstrar o valor que ela tem. E com isso não basta apenas que os pregadores preguem as suas doutrinas e não basta que os ouvintes os queiram ouvir, ou que sirvam apenas a cristo.
 Qual seria a corrupção da terra e o sal que nela não existisse, se de nós, que a ocupamos não lhe reconhecessemos os seus bem feitos enquanto nossa mãe, o seu nome e a sua natureza, transmintindo-o aos nossos filhos e aos nossos netos que transmitiriam aos seus filhos? Terra mãe. Nós, peles-vermelhas. Padre António Vieira que conta agora história de Santo António e o seu sermão aos peixes. Pois, este piedoso maltratado pelas pessoas que quase o despiam recusando-o e ao seu sermão.
 Padre António Vieira é agora nosso irmão. Doutrina essa que prega a cousa que enfrenta os seus discípulos ou ouvintes na corrupção que deixam na terra. Os colonos, essa gente que nos explora, jamais iriam ouvir ou querer ouvir o Padre Vieira ou Santo António nessas suas doutrinas, porque eles não se preocupam com o sal que falta à terra enquanto os seus apetites forem concretizados com o suor dos peles-vermelhas.
 Não queremos que os pisem ou que os desprezem. Os peles-vermelhas não são assim. Mas como pronunciara cristo, apenas queremos que nos deixem a liberdade para viver e preservar os valores e as rezas pela nossa terra irmã.

Gabriel Filipe Duarte Gonçalves
11 E   n10

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Concurso Inês de Castro 2011/2012

Por razões de caráter informático, nem sempre tem sido possível manter acessível, no SIPNL (Sistema de Informação do Plano Nacional de Leitura), a ficha de inscrição do Concurso Inês de castro 2011/2012.
No sentido de ultrapassar esta dificuldade, procedemos a uma alteração do processo de inscrição. Assim, aos agrupamentos de escolas/ às escolas não agrupadas que pretendam participar no referido concurso pede-se:
 
1.    O preenchimento da Ficha de Inscrição no Concurso Inês de Castro (documento que segue em anexo), disponível na página CONCURSOS/ Concurso Inês de Castro 2011-12;
2.    O envio da Ficha, depois de preenchida, até dia 29 de Fevereiro de 2012, para o endereço eletrónico concursos@pnlonline.net;
 
Durante o mês de Março, entre 1 e 23 de Março, os ficheiros com os trabalhos finais(zipados) poderão ser carregados no SIPNL, tal como inicialmente previsto.
 
 
Com os melhores cumprimentos,
 
Plano Nacional de Leitura
Trav. Terras de Sant'Ana, 15
1250-269 Lisboa
Tlf: 213 895 100  - 213 895 212
 

Sumários das aulas da semana de 30 de janeiro

Estrutura externa e interna.
Leituras dialogadas.

Conclusão da análise do texto Memória ao Conservatório Real. As características da tragédia
Estilo coloquial e marcas do romantismo.

Trabalhos de grupo sobre vários aspetos da peça Frei Luís de Sousa: as características trágicas e dramáticas, estrutura externa e interna, D. Sebastião e messianismo, tempo, espaço, personagens e linguagem.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Visita de estudo à peça ÉDIPO, Companhia do Chapitô

Turmas: 11º A, 11º D, 11º E
Sexta-feira, dia 02-03-2012
Chegada ao Chapitô às 21.30

Objetivos:
- Aprender a distinguir o texto dramático do espetáculo dramático
- Tomar contacto com a essência da tragédia
- Relacionar Frei Luís de Sousa, enquanto género híbrido, com a mesma dimensão do espetáculo Édipo
- Amadurecer a capacidade de apreciação crítica e estética do espetáculo teatral
- Comparar duas opções estéticas radicalmente diferentes em espetáculos de igual qualidade (Vermelho e Édipo) 
- Adquirir/reforçar o gosto pelo teatro