segunda-feira, 26 de novembro de 2012

SOBRE OS EXAMES DESTE ANO: Divulgo, a pedido de uma mãe...

... que tem estado ativa sobre o assunto relacionado com os exames deste ano:

"Foi, então, agendada e publicada na página da Escola a reunião para sexta, 30 de Novembro, pelas 18h30m, com a presença da Dra Alexandra Azevedo (presidente da APEE da Escola Soares dos Reis) com o objectivo de esclarecer (qualquer dúvida que possa existir) sobre o intentar da acção em tribunal, bem como de fazer a recolha dos documentos necessários.
 
Os Pais, Encarregados de Educação e alunos maiores deverão, devidamente acondicionado (sugiro num envelope) para entregar à Dra Alexandra Azevedo, nessa reunião:
  • procuração (minuta em anexo - atenção que há dois exemplares diferentes, conforme o aluno seja maior ou menor; ela pode até ser manuscrita, em folha branca A4 - não é necessário reconhecer a assinatura)
  • certificado de matrícula
  • 100€
  • folha com os contactos - telefone, e-mail
Esta reunião NÃO tem por objectivo organizar quaisquer outras acções - só esta - intentar da acção em tribunal.
Quaisquer outras acções e medidas se poderão organizar e executar, mas numa outra sessão.
Ali, estaremos limitados pelo tempo e amável disponibilidade da Dra Alexandra Azevedo que a Lisboa se desloca, expressamente, para este fim.
Agradecemos a vossa compreensão.
 
Por forma a simplificar este processo, na próxima quarta, 28/11, deslocar-me-ei à Esc. Antº Arroio e irei de turma em turma falar com os alunos (muito breve) e saber quem está interessado em pedir o certificado de matricula.
Levo a listagem dos alunos à Secretaria para que lhes seja passado o respectivo documento - foi a forma mais simples que o Director e eu encontrámos para evitar filas, demoras, atrasos.
 
Envio este mail a todos os EEs de quem tenho o contacto, mas como está longe de ser a totalidade, peço, a cada um de Vós, que o reencaminhe a outros (lamento as repetições que possam existir) e os outros a outros.
 
E estarei aqui deste lado para qualquer esclarecimento (hoje talvez já não o possa fazer, pois tenho um exame médico daqui a pouco, que será demorado, mas amanhã...)."
Teresa Castro Nunes
tecene
@gmail.com

domingo, 18 de novembro de 2012

Matriz do teste

http://risoescolar.blogspot.pt/2012/11/matriz-do-teste.html

Oralidade



Apresentação oral
Leitura:
“... cheias de mulheres que vestem por igual.”

            Desço aquela escadaria sem fim do costume, entro na carruagem, e fico com a sensação que mil e um olhares têm as objetivas focadas em mim. As caras quase inanimadas revelam a exaustão de mais um dia.
            Saí na minha estação, e um mar de gente apoderou-se do chão branco que existia, apoderado por aquelas cores escuras e sombrias das vestes.
            Uma jovem trazia um casaco com cores chamativas; por onde quer que passasse, os olhares curiosos seguiam-na, como se fosse censurada em tempo de ditadura.
            A meu lado estava uma criança com a pele delicada e de barriga cheia que se levanta de uma forma teatral dizendo: “- As mulheres vestem por igual”.

Dissertação:
            Este excerto (“ cheias de mulheres que vestem por igual”) foi tirado do Memorial do Convento, do capitulo III.
            Esta ação passa-se toda ela no metro, onde é a rotina de muitos jovens e adultos. Na realidade, a criança referida no meu texto não reagiu daquela forma, mas eu gostaria que assim tivesse sido. A nossa sociedade está cada vez mais a seguir um “modelo”, o que se torna cansativo e pouco imaginativo. Com isto queria explicar que se uma criança percebe as diferenças, para elas é mais estranho perceber que todas as mulheres estão vestidas de igual, do que ver uma outra pessoa que esteja vestida de maneira diferente, tendo assim originalidade, palavra que nesta sociedade tem pouca prática.

Improvisação:  “como se vestem os homens”
            Para mim, os homens estão todos postos com aquelas camisolas sempre do mesmo estilo, o que muda são as cores. As calças largas, quase nos joelhos, dizendo que é estilo. Todos eles seguem um ideal, tal como as mulheres. É difícil sair do “normal”, isto é, os homens que se vestem de maneira diferente,  são muitas vezes “olhados de lado”, e com preconceito (como diz o meu texto). Por isso, a originalidade faz a diferença!
 

Ass: Joana Sofia Fernandes Rodrigues
        Nº 12     12ºA

Concurso José Saramago

http://www.planonacionaldeleitura.gov.pt/Concursos/upload/ficheiros/regulamento_saramago.pdf

No ano em que se celebra o 90º ano do nascimento do escritor José Saramago, o Plano Nacional de Leitura, em conjunto com a Rede de Bibliotecas Escolares, a Editora Leya-Caminho e a Fundação José Saramago, associam-se para assinalar o percurso pessoal e literário deste autor, de forma abrangente e com especial destaque para o público escolar.

Neste sentido, é lançado o Concurso ‘SARAMAGO – UMA HISTÓRIA DE 90 ANOS’ (de 16 de novembro/2012 a 11 de março/2013) dirigido aos alunos do ensino secundário e aos docentes dos diferentes níveis de educação/ensino, com o objetivo de estimular a criação e divulgação de trabalhos/textos, em suporte digital, e procurando incentivar a revelação de novos talentos.

A iniciativa apela à participação ativa de alunos e professores, através da produção de textos originais com inspiração na obra de Saramago [ver Regulamento na página dos Concursos PNL], utilizando as tecnologias como suporte de apresentação (formato digital).

Todas as escolas da rede pública (sede de agrupamentos e escolas não agrupadas) e escolas privadas têm disponível, no Sistema de Informação do PNL, dois formulários para inscrição no concurso: 

SARAMAGO - Uma História de 90 Anos (Alunos)
SARAMAGO - Uma História de 90 Anos (Docentes)

Apelamos à divulgação desta iniciativa junto de todos os docentes e alunos do 12º Ano, nas escolas em que este nível de ensino funcione.
Para mais informações ou esclarecimentos enviar por Correio eletrónico para o PNL.

Cumprimentos cordiais,

O Comissário do PNL,
Fernando Pinto do Amaral

Relatório da visita de estudo



RELATÓRIO DA VISITA DE ESTUDO NA PELE DE FERNANDO PESSOA


O dia começa cedo, molhado, húmido e cinzento. Começo por percorrer os caminhos da minha baixa Lisboeta. Do Miradouro do Adamastor, avisto aquilo que em tempos foi a dor de mulheres e crianças, verem a ir para o mar seus maridos e pais. A chuva não para, e o tempo também não.
Aquilo que ontem, à saída do miradouro, foram palácios, amanhã serão museus ou bancos. Desço em direção à minha primeira casinha, o nº44, no 4º andar, onde nasci, em 13 de junho de 1888, e de onde ouvia os sinos tocarem, vezes sem conta, vindos da igreja vizinha. Em frente, encontra-se o teatro de S. Carlos, local que gosto de frequentar, talvez por meu pai ter sido crítico musical.
A manhã ainda mal começara, e ao passar pela Rua Garrett, vejo, aquela que foi igreja onde meus pais me batizaram em 21 de Julho de 1888, a Basílica dos Mártires. Passo pelo Largo do Carmo, onde morei, depois de sair da Faculdade de Letras e de onde escrevi a minha obra A Mensagem. Desço, rumo ao Rossio, pela estação de comboios, onde muitas vezes espero o meu grande amigo Sá Carneiro. Mesmo ao lado, mora o meu amor, Ophélia, por quem tenho um amor platónico e a quem escrevo cartas, demonstrando a sua importância na minha vida. Mora mesmo ao pé do restaurante, Leão de d'Ouro, onde satisfaço as minhas necessidades gastronómicas com os meus amigos, com quem partilho interesses culturais.
Para acabar este meu passeio pelo passado, nas ruas da Baixa-Chiado relembro todas aquelas firmas onde trabalhei, com as mais variadas profissões, como na Rua Augusta na E. Dias Serras, lda., importação – representações, na  Rua da Victória, durante a década de 20, nos escritórios de Frederico Ferreira & Ávila, ld.ª , ou, rua do Ouro , na minha firma de “Comissões e consignações” , que partilhava com mais dois amigos Geraldo Coelho e Augusto Ferreira Gomes.

ELSA SEVERINO Nº10/12ºE


Oralidade



Beleza de um mordaz sentido
Expectativa sinalizam A estranheza
Paradigma esquecer da Ninguém.
O resto sempre perde
O resto mundo cruzador
Presença do regra a pródigo
Premiado, morto pelo verso
Em Dividido exaustivo dissecar
Suscitada culpa do que para um
O faz no a um.
Poema dadaísta
Tomás Neves

 Dissertação:
Este é um poema dadaísta, que tive a liberdade de fazer no meu diário literário, e obtém-se da seguinte forma:
Escolhe-se um artigo de um jornal, e recortando palavras que o próprio escolhe, juntam-se num saco que será agitado. Depois, palavra a palavra deverá ser tirada do saco, e transcrita para o papel na ordem em que foi retirada.
Por isso se observam certas incongruências, por exemplo na concordância de género: “paradigma esquecer da Ninguém”, mas aqui Ninguém, que por acaso até vinha com maiúscula, substitui o nome de uma pessoa, cujo nome não quer ser referido. Ou em “Presença do regra a pródigo”, que, para mim se refere ao género de pessoa que passou de cumpridor de regras, a prodígio (com uma quebra de regras implícita).
É um apelo ao subconsciente. Apenas a pessoa que criou, o conseguirá entender plenamente, tudo isto é relativo e ambíguo, mas afinal de contas que mais é a poesia que não ambiguidade?
O dadaísmo surgiu em Zurique, em 1916, a meio da primeira guerra mundial. O movimento, liderado por Tristan Tzara, defendia que era uma inutilidade tentar perceber o Homem, visto que era impossível. E acima de tudo entendia e apelava à subjetividade da arte: "Qualquer obra de arte que possa ser percebida/entendida, é o produto de jornalismo. O resto, chamado literatura, é um dossier de imbecilidade humana para guia de futuros professores.”
É portanto, considerada a mãe do surrealismo, ao procurar a expressão interior e abstrata, sem procurar uma explicação objetiva do que se retrata, e é portanto uma atitude cética de negação de tudo, onde se levantam novos valores.



 Improvisação
Diálogo entre o meu Consciente e o Subconsciente.
Um diálogo entre estes dois, seria um monólogo. Afinal só têm uma boca, a minha. E seria um monólogo interior, porque não gostam muito de falar alto, para os outros ouvirem, embora às vezes gritem tão alto, que assumo que as pessoas à minha volta os ouviram.
Não diriam nada, mas tudo ao mesmo tempo, porque, afinal de contas, não têm de pensar a mesma coisa. A consciência pensa pela sociedade, pelos anos de cultura que me injetaram. O subconsciente fala pela expressão, pela selvajaria, pela barbárie. Talvez o subconsciente não fale.
Sim, gosto de pensar que o meu subconsciente comunica pelas minhas mãos. Talvez por isso goste tanto de desenhar. O meu subconsciente desenha aquilo que não é dizível. Aquelas paixões de cor, indescritíveis, sensações que tomam formas ainda que informes.
Um diálogo entre o meu Consciente e Subconsciente, seria o diálogo entre uma tela e uma boca. A boca fala, a tela não. Seria mesmo um diálogo? Não, seria um monólogo. E um monólogo é a única coisa que se obterá no dia em que se tentar falar com o subconsciente.
Ele não vai responder.

Tomas Neves 12ºA nº25

Oralidade



Leitura:
“Arquipélagos”

O Homem é uma ilha. Nessa ilha está uma árvore. A madeira dessa árvore serve para construir meia ponte. Só meia! Essa ponte serve para chegar a outras ilhas mas só fica completa se a outra ilha construir a outra metade.
As grandes ilhas são aquelas que têm a mania de chegar a toda a gente; a árvore delas cresce muito depressa e a ilha também, para ter espaço para todas as pontes.
Então e existem ilhas sem pontes? Não. Quando uma ilha se forma, já vem com pontes de ferro e passado algum tempo, quando a árvore cresce tudo o que tem para crescer, começamos a construir as nossas próprias pontes.
E as pontes velhas, não caem? Não. Nós é que as desconstruímos quando já não há hipóteses de elas ficarem de pé.
Se o Homem é uma ilha, as suas relações são pontes e é assim que se formam arquipélagos.

Dissertação:
Escrevi este texto, porque acho que esta metáfora explica bem o processo de estabelecer relações com as outras pessoas e nem sempre percebemos como isto acontece no nosso dia-a-dia. Encontrei algures a frase “O Homem é uma ilha” e fez-me muito sentido, porque mesmo que vivamos em sociedade, continuamos a ser indivíduos, cada um com a sua vida. Quando estamos a estabelecer uma relação com alguém, tem sempre de haver um contributo de ambas partes a fim de resultar numa relação saudável. Todos temos a nossa ilha, pequena ou grande, com pontes em construção ou destruídas.

Improvisação:
“Autoestradas Invisíveis”
É muito difícil construir autoestradas na água. Para podermos construir autoestradas precisamos de pontes, logo as autoestradas são pontes mais avançadas que criamos quando temos uma relação muito especial com outra pessoa, por isso é que as autoestradas são invisíveis, só as pessoas dessa relação podem vê-la.