segunda-feira, 26 de setembro de 2011

DIÁRIO LITERÁRIO




Um pequeno caderno ou bloco que possas transportar sempre contigo. Uma segunda pele. A tua pele poética. Nele registarás os resultados da tua atenção à estética do mundo. Verificarás que a arte está em toda a parte, que os textos que estudamos nos manuais são apenas a parte mais ínfima e mais apagada do que a poesia pode ser. E no entanto, até ali ela brilha, tal é a poderosa luz. Ela está presente nas aulas, onde andamos a estudá-la, mas também na rua, no autocarro e no metro, na publicidade, nas palavras da tua irmã mais nova, na biblioteca dos teus pais, na do teu avô ou do teu bairro, num programa que viste na televisão, no olhar de um amigo ou de uma amiga, na fachada de um prédio, no rio, nas nuvens, na relva que cresce por entre as pedras da calçada. E dentro de ti.
Na sua forma mais pura é a expressão dos sentimentos e emoções do autor.
Deves procurá-la sob todas as formas: na literatura de todos os povos e de todos os tempos, em prosa e em verso. Textos de que tenhas gostado (de autores do programa, de outros...).
Os textos podem ser inteiros o sentido estético literário deve "andar por lá". Podem ser criados por ti, recriados por ti, copiados ou transcritos de algum sítio. Deves sempre indicar o autor e a proveniência.
No teu diário podes também, para além dos poemas (teus ou alheios) incluir narração de acontecimentos, comentários a episódios observados ou ouvidos, aspectos falados na aula que tenham merecido a tua especial atenção, pessoas que por si mesmas sejam uma expressão de arte, experiências estéticas que tenhas vivido. Comparação de excertos de poemas com episódios da vida, experiências directas que tenhas tido ou de que tenhas tido conhecimento. Procura, nas falas das pessoas da rua, vestígios de uma tradição artística popular.
  Podes ainda interrogar pessoas sobre poesia, literatura, sobre os escritores e poetas que conhecem e preferem, poemas ou livros que amam ou amaram, livros de poesia  (ou outros)  recomendados. Podes tentar falar com um escritor, um poeta, um dramaturgo. Podes até trazê-lo à aula.

O que é possível colocares no teu caderno, para além da poesia: colagem, fotografia (feita por ti), desenho (teu), colagem (por ti), objecto (encontrado por ti). A inclusão das imagens ou objectos não deve ser aleatória, mas deve perceber-se o sentido e ser contextualizada (com poesia, texto literário,  ou uma situação poética/literária/estética por ti descrita)

O que este diário não é:
- cópia da internet ou de outro sítio qualquer
- algo teórico
- feito por atacado na véspera da entrega
- algo lamecha ou banal, também não deve ser mero desabafo emocional ou sentimental

É um olhar profundo, diferente e estético sobre o mundo (o que está fora e o que vive em ti), é a manifestação de um sentimento ou de um olhar estético perante a estranheza ou o esplendor da vida.
Acima de tudo, procura andar por aí de olhos bem abertos, atento à literatura da vida e traz isso para o teu caderno/bloco, preferencialmente sob a  forma de texto (não te esqueças que esta é uma disciplina de Português), mas podendo ser ilustrado com foto, desenho, colagem, objecto.

Não esquecer:
- Identificar sempre o autor   dos textos (quer sejas tu ou outro); se fores tu, assinas, se for alheio, deves indicar o nome e a proveniência. Se ouviste na rua, deves dizê-lo e em que circunstâncias.
- Ter um mínimo de 2 entradas semanais entre a  segunda semana de aulas e a penúltima (inclusive).No final de cada período o teu Diário será alvo de uma avaliação.
- Colocar sempre a data de cada entrada.
- No final, uma reflexão sobre a forma como decorreu o processo, uma avaliação do resultado, pontos fortes e pontos fracos.
- O título pode ser colocado no final do 1º período
- Data de entrega: 23 de Novembro

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