quinta-feira, 24 de maio de 2012

Teste de substituição

Para quem faltou:

Segunda dia 28 pelas 13.30 numa sala que esteja disponível na altura (informar-se junto da D. Goreti).

Trabalhos sujeitos a avaliação no 3º período

Independentemente da nova consulta que devem fazer dos critérios de avaliação gerais e específicos, que conhecem, venho recordar os trabalhos que foram pedidos este período:
- Ficha de verificação de leitura sobre Os Maias
- Teste sobre Eça e Cesário
- Poema-resposta da mulher citadina a Cesário, ao estilo do mesmo
- Texto imaginando um Sarau lisboeta da segunda metade do século XIX, inspirando-te n'Os Maias e nas músicas da época ouvidas na aula:
http://risoescolar.blogspot.pt/2012/05/musica-seculo-xix-e-os-maias.html
- Trabalho individual ou de pares sobre Realismo e Naturalismo
- Trabalho de pares sobre aspectos de Funcionamento da Língua (apresentação oral e escrita)
- Apresentação oral (Apresentação de uma página do diário literário e improvisação) e a sua vertente escrita
- Diário de uma aula
- Crónica sobre: "Que escritor me acompanha ao pequeno-almoço" ou "A que refeição me acompanha Eça"
- Recitação (Eça ou Cesário)
- Diário Literário (20 semanas)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CLUBE DE LEITURA

DIVULGAÇÃO
CLUBE DE LEITURA DA ESCOLA ARTÍSTICA ANTÓNIO ARROIO
1º encontro:
Quarta, dia 30 de MAIO à hora de almoço, entre as 13.30 e as 14.30 no bar (a ideia é almoçarmos enquanto conversamos e combinamos o que houver a combinar). 

Este clube é aberto a toda a comunidade escolar, alunos e ex-alunos, professores, funcionários e encarregados de educação.

sábado, 19 de maio de 2012

Matriz do teste sobre Eça e Cesário


CONTEÚDOS:
Realismo e naturalismo
Questão Coimbrã, Geração de 70 e Conferências do Casino
Título e subtítulo
Planos narrativos d'Os Maias
Categorias da narrativa
A linguagem: ironia, monólogo interior indireto, discurso indireto livre, hipálage, adjetivação, uso do advérbio, o imperfeito e o gerúndio, animização, metáfora...
A poesia de Cesário: sensorialismo, visualismo, pintura por letras, impressionismo, real e transfiguração, deambulação, cidade e campo, a mulher

FORMA
Seleção de respostas corretas
Preenchimento de espaços
Completamento de afirmações



ESTRUTURA
I- Texto com perguntas de interpretação e as categorias da narrativa, seleção de respostas corretas
II-  Preenchimento de espaços sobre Realismo, Naturalismo, Cesário e Eça
III- Completamento de afirmações
IV- Texto de desenvolvimento
A partir de um tema de vários propostos sobre Eça ou Cesário, sua obra e época.

Diário de aula

                                      foto Sofia Azevedo


Diário da aula de Língua Portuguesa:

Hoje, dia 7 de maio de 2012,dia do aniversário do meu irmão mais novo, tema da minha mente não só nesta aula como o resto do dia.
A aula de Português começou com todas as lembranças, por parte da professora, para as nossas cabeças (às vezes ocas) e para o nosso bem no final do ano quando formos ver as pautas.
Desta vez foi o Francisco a tomar a nossa atenção com o seu poema, não o sei ao pormenor, a sua essência falava da inocência que reside em cada um de nós, a nossa infância. Muito interessante, como é comum nestas apresentações. Penso que se todas as pessoas conseguissem controlar e expulsar a parte do nervosismo neste breve e inicial momento da aula, conseguiriam expor-se muito mais… mas por norma gosto sempre. “Para onde foi a inocência?” (tema de improvisação) onde o Francisco correspondeu, na minha opinião sensata e diretamente, quando disse que a inocência não foi para lado nenhum, apenas se esconde. Corrijo, a escondemos dentro de nós próprios na capa rija de adultos.
Pouco mais se falou sobre este assunto. Voltámos aos lembretes e marcações importantes. Confesso que não ouvi a 100% o que estava a ser dito, estava à procura da minha preciosa agenda onde costumo guardar a minha memória (chamo-lhe memória profissional) memórias da alma, essas guardo-as sempre na minha mente. Acabei por encontrá-la mesmo no meu colo (acontece muitas vezes ser o cúmulo da distração por breves instantes)
 Continuamos a falar sobre os trabalhos… Acredito que seja por gosto, mas como a professora frisou sorrateiramente que de vez em quando se entusiasma a fazer alguns trabalhos “meto-me numa grande embrulhada” mas nota-se que grande parte é trabalho satisfatório.
Depois destas introduções (necessárias)  começámos a trabalhar ao gás na página 231. “A sociedade e a psicologia dos portugueses” em que a pertinência, essência e oportunidade da visão de Eça são indispensáveis para compreensão desta época, não só a visão neutra, mas também critica. A crónica de costumes continua totalmente válida face aos dias de hoje, os defeitos e as características mantém-se iguais. Ao estudarmos Eça percebemos que estava no seu tempo, mas não se conformou com este e ultrapassou o romantismo existente, reagiu ultrapassando-o. Neste texto distingue-se o conflito entre o artista e o crítico sobre o mundo e o homem  fazendo o mesmo. Ironicamente, temos sempre tendência, instinto ou como queiram considerar, a criar especulações/ilusões sobre aquilo a que chamamos ídolo, neste caso artistas.
Os artistas não são perfeitos, nem anjos… são homens e mulheres, somos nós, seres fracos e casmurros insistindo em que havemos de criticar tudo e todos contra as nossas crenças de que as asneiras as havemos de cometer outra vez, escondias por trás da pobre inocência que afinal ainda e sempre se esconde dentro de nós… é por isso que nos sentimos traídos.
Sentimo-nos traídos por quem nos desilude, como que se estivéssemos sempre à espera daquela pequena coisinha, aquele pormenor que nos sabe tão bem quando vemos que é o nosso capricho realizado. Quando assim não é, criticamos tudo e todos, batemos com o pé e deixamos a inocência esconder a birrinha. Penso que o fazemos na esperança de que um dia voltará o que queremos como queremos. Tentamos mudar o mundo sem nos apercebermos que este nos muda a nós.


O texto desta página fala também da época naturalista presente nas obras de Eça em que se ocupa das aparências, bens, os fúteis e flutuantes costumes, satiriza o burguês da sua época de forma sarcástica e irónica.
Podemos fazer também uma comparação entre o Eça radical - escritor e o Eça conservador – pessoa  em todo o seu trabalho este escritor procurou encontrar-se a si mesmo para além das influências.

Após a interpretação do texto desta página falámos um pouco de estilo, o Discurso Directo, Discurso Indirecto e Discurso Indirecto Livre… esta matéria fez-me lembrar o período no Básico onde estudámos gramática desafogadamente, recordei o 7º ano no externato e o 9º na escola pública onde andei… Senti saudade.
Na página 241 do manual a leitura expressiva dos textos A e B permitiram uma breve revisão da aula passada. (Na obra d’Os Mais) Diferenciação e destaque ao discurso do tempo, o tempo escrito que não corresponde ao tempo da história, em que se passam 14 anos em texto e a maior fatia deste livro é basicamente a vida de Carlos no Ramalhete.
Nesta obra, o Ramalhete até 1875 estivera em ruínas, posteriormente é ocupado por Afonso e Carlos acompanhados por toda a aristocracia portuguesa. Em 1877 quando sucede a tragédia e Carlos parte para a Europa, com a morte de Afonso o Ramalhete fica de novo em ruínas. Lembrei-me da expressão que o meu pai utiliza sempre que vamos a alguma parte antiga de uma cidade ou a outro sítio em ruínas “ Tudo vai com o dono”
Enquanto estava a tomar as minhas notas, a professora explicou o que é que era Hipálage (palavra estranha e nova para mim); significa que o objeto oou a ação recebem as características do sujeito, que deste é desviado; é parecido com a personificação, sem ser o mesmo…   
De novo na descrição do Ramalhete, investigámos a essência do gosto frenético de Carlos em transformá-lo numa casa luxuosa, típica dos países do Norte da Europa. Todas estas características estão ligadas aos cenários do Romantismo,
Considero fantástico o facto de tão pequenas coisas nos surpreenderem, Para mim, os livros são uma autêntica caixa de surpresas, fico sempre interiormente preenchida de surpresa quando o óbvio que não vi me surpreende. Normalmente as histórias apesar de boas e de qualidade acabam sempre por se tornar previsíveis, dá-me um gozo tremendo descobrir o que não sei quando por vezes penso que sei.
Eça critica a importação de tudo o que é estrangeiro, como verificamos também nesta aula, não só o facto de importarmos coisas, mas o exagero com que se importam ideias, a identidade. O luxo sem correspondência com a necessidade, a este modo de vida refere-se mais Carlos, já Afonso, na sua descrição naturalista e maciça na exceção de um pormenor ou outro, é caracterizado como um homem tipicamente português, a referência a hereditariedade.
Afonso da Maia é descrito pelo lado mais naturalista de Eça, como se fosse o olhar de um médico ou cientista. Psicologicamente, como já tínhamos visto na aula passada, percebemos que esta personagem evolui na sua vida, torna-se mais bondoso.

Foi uma aula preenchida… Ao gás como disse… terminou com as saudações de boa educação, nesta altura já mais por carinho por parte de todos. Só de pensar que o ano está quase a terminar, por um lado fico muito feliz mas por outro começam a surgir momentos de nostalgia… estes que são precisos para nos sentirmos diferentes a cada ano que passa e nos transportarmos para um novo futuro…


Sofia Azevedo 11º D nº24              

Oralidade



Leitura

Sem título

a razão sem o uso
o uso sem a razão
Num mundo tão escuso
Como viver então?

Como peixe na água
tão sem memória?
Pensemos na mágoa
da vida sem glória!

Maria José de Castro Nunes Lobato de Sousa

Dissertação


(a razão sem o uso/o uso sem a razão) Existem teorias e mais teorias a que poderíamos recorrer para tentar explicar o que é a razão.
Sabemos que é um ato que antevem de uma inteligência particular que cada um de nós tem. Mas será algo mesmo necessário para a sobrevivência humana? (Num mundo tão escuso/Como viver então?).
Será que é a razão que nos distingue dos animais? Tudo isto provoca uma grande agitação (como peixe na água/tão sem memória).
Provavelmente; não digo que o é, mas talvez haja um certo ponto de verdade no meio de tudo isto, infelizmente…
Sabemos que existe uma inteligência animal, no entanto admite-se que só o Homem é que é “dotado” da razão. Será que ao utilizarmos essa “razão” será com benefício para a nossa espécie?
Se não formos razoáveis é, como muita gente o diz, vivermos sem glória (Pensemos na mágoa/da vida sem glória!).
Todos nós temos razões, ou seja, cada um de nós tem motivos para agir a nosso gosto, no entanto, poderemo-nos perder no meio de uma naufrágio, para simplesmente as arranjarmos!

Maria José de Castro Nunes Lobato de Sousa





Improvisação

O Dia em que eu não tive razão

Penso que esse dia nunca existiu.
Cada dia é diferente, ou seja, todos os dias estamos sempre a sujeitos a coisas novas.
Em cada dia cometemos erros. E quando achamos que, por algum motivo, estamos a agir corretamente, nesse momento surgirá alguém ao nosso lado, um amigo ou um familiar, que nos dirá que não estamos a agir da melhor forma.
São todos esses dias sem razão, que nos fazem crescer, da melhor forma possível.
O que quis dizer é que não existe um só dia em que não tenhamos tido razão, mas sim toda a nossa vida existiram dias em que não a tivemos!

Maria José de Castro Nunes Lobato de Sousa

Um Sarau


Clair de lune ao luar

Clair de Lune, Debussy.
Já assisti a uns três saraus deste Senhor, com S grande. A minha admiração por ele é do conhecimento, penso, de todas as minhas companhias, seja da manhã, da tarde ou da noite. Inevitavelmente, quase todas as minhas conversas de qualquer hora do dia acabam com um suspiro, ao relembrar aquela a quem já trato por ‘’Minha bela música’’. Mas a verdadeira razão por que anseio, de todas as vezes, o começo, o meio e o fim desta melodia não é o facto de a achar linda, magnífica ou qualquer um dos outros adjetivos que é se calhar suposto utilizarmos quando falamos numa música da qual gostamos muito. A verdade é que ela me faz pensar, liberta os meus pensamentos e confesso que mal a oiço, mas os meus pensamentos voam ao som das suas notas.
Uma vez mais aqui estou. Convidada, num dos camarins mais invejados do teatro e com a companhia mais invejada das senhoras. Inveja é de facto o que não falta por aqui e por entre este meio de classes que são (ou pensam ser) ricas, mas não são ricas coisas. Vêm, mesmo sem conhecerem uma única música ou até sem nunca terem ouvido falar em tal nome. Enoja-me sabem? Saber que não se sabe nada e nem assim procurar saber.
As primeiras notas são tocadas com aqueles dedos longos e finos, elegantes. Fizeram-me lembrar os dedos de Carlos e de quando agarrou na minha mão para me convidar, muito alegremente, para um sarau de Debussy. Esboço um pequeno sorriso e, pelo canto do olho, olho para ele que está ao meu lado e para o seu ar muito atento. Parece ainda mais bonito ao luar da música.
A música está apenas no começo e decido ouvi-la, mas desta vez a sério. Não posso continuar a não saber sequer a melodia da minha querida música. Inconscientemente sabia que ela era linda, mas agora, ao ouvi-la como nunca havia ouvido antes, admiro-me como algo pode ser tão belo. É uma beleza que se ouve, que se sente e quase se inspira. Parece que a cada nota, dezenas de passarinhos saem de dentro do lindo piano preto  e voam por cima das nossas cabeças muito lenta e silenciosamente. É quase como a vida. Começa devagarinho, agita-se lá pelo meio (com algumas partes verdadeiramente agitadas!) e termina como começou. Os dedinhos mexem-se tão rápido que tentar acompanhar os seus movimentos deixa-me zonza. Mas a música continua bela e mais bela ainda se torna com o meu amor a meu lado.
Quando a música termina, com aquele toque de génio de Debussy e o parar do balançar do seu corpo forte, Carlos gira as suas pernas na cadeira e, enquanto todos se levantam e aplaudem intensamente o músico que agora se encontra virado para eles e a fazer consecutivas vénias, pergunta-me muito devagar e discretamente, por entre um sorriso tímido:
– Como achas que está o luar lá fora, minha querida Maria?

Joana Tomás
Nº 16
11ºD

Diário de uma aula

Começámos com o tradicional momento de leitura, com sorrisos e troca de ideias, improvisação "desinocente" com intervenção de mini dança do Francisco. Seguiram-se recados e delicadezas  em relação a trabalhos futuros. Houve um momentinho para trocar palavras soltas e combinações sobre a mostra de talentos e outras conversas sem ponta nem princípio. Depois analisámos os escritos de Eça e terminámos com uma leitura das linhas e entrelinhas escrevinhadas por ele.



Ana Potier nº2 11ºD

Diário de aula


Maria Varela, nº21, 11ºD

                Está na hora, mais uma aula de Português. Entramos na sala e acabadinhos de sentar, é-nos dito que é a vez de quem não fez o diário de aula da aula anterior, terá que fazer nesta aula. A primeira coisa que me veio à cabeça, foi claro "mais uma coisa para fazer...mas até pode ser giro!"
                O que nós escrevemos identifica-nos, mesmo que não demos conta que tal acontece, mas é uma realidade. A aula começou com um texto escrito pelo Francisco, um texto que adorei, tem mesmo a ver com ele completamente, o ser inocentemente uma criança.
                Depois de começarmos a falar de Eça de Queiroz e enquanto falávamos de artistas, houve uma frase que ficou retida no meu pensamento "Não podemos exigir dos artistas porque eles não são perfeitos. São pessoas!", foi sem dúvida umas das expressões de que me irei lembrar para sempre!
                É mexendo no cabelo que, às vezes, me consigo sentir confortável...ajuda-me a mudar de posição daquelas cadeiras que me deixam o corpo paralisado e com vontade de me levantar nem que seja só para esticar as pernas.
                Ainda a estudar Eça, como até ao final da aula e certamente as próximas aulas até ao teste, tivemos de ler vários excertos do livro Os Maias, que estão presentes no nosso manual. Mas é impressionante como cada um lê de maneira diferente! Claro que ler aqueles textos não é fácil... Eu própria li e senti-me como se não soubesse ler! Muito estranho mesmo, palavras tão estranhas e caras...claro, é a língua portuguesa, por isso é que existem tantas palavras na nossa língua materna comparativamente com as outras. Não poderia ser tudo tão mais fácil se houvesse mais significados para a mesma palavra em vez de haver tantas maneiras de dizer a mesma coisa?

Snack.



Cesário. O meu escritor da sandes apressada a correr por Lisboa. Oh, mas tão bem acompanhada…
Saltando do metro com a sandes na mão, dirijo-me ao Largo do Chiado numa sexta de manhã. Ao meu lado, Cesário Verde acende uma cigarrette. Compondo a casaca, fez questão de me acompanhar. Numa conversa fiada, maldiz jornalistas, editores, ricos enfim… Descendo o Chiado, Cesário acena a Queiroz de longe, que lhe responde acenando de volta. Passamos por pobres, por sem abrigo, mas este não lhe subjuga um olhar de desprezo ou só de ignorância. Cesário dá-lhes sombra, existência, vê-os. Cesário conta-me as suas historias, lê-me os pobres, saúda-me o campo e cospe-me na cidade, que tanto amo.
Vejo as horas, corro para o metro descendo o Chiado até à rua da Vitória – já estava atrasado. No campo não nos podemos perder assim, vemos o tempo a passar, aqui na cidade tudo brilha com mais força, tudo se sente com mais intensidade. Estacando, o jovem homem que era Verde, fixa-me incredulamente. Então, rindo violentamente, cambaleia até mim, atravessando o seu braço pelos meus ombros, ainda tens muito para aprender