Leitura:
Entrevista ao escritor António Lobo Antunes publicada no
jornal O Jornal em Outubro de 1992.
Tendo
como ponto de partida a pergunta
“É sempre fiel a
si próprio?”
O
escritor respondeu
“Sim, os livros
que eu escrevo estão cheios de contradições que correspondem às minhas
contradições e às contradições que existem em todos nós, às forças contrárias
que constantemente nos empurram em pólos opostos…”
“Eu penso que
aquilo que faz com que nós continuemos vivos e capazes de criar é isso mesmo,
uma inquietação constante. Sem ela não pode haver criação, quem não põe sempre,
tudo em causa, arrisca-se a ter uma vida interior de três assoalhadas, num
bairro económico (…).”
Dissertação:
Do texto lido quero tirar dois pontos de partida, as contradições
e a inquietação.
As
contradições
São
fundamentais para a procura de melhores soluções, colocar em causa as ideias
que se têm como certas permite o evoluir dessas mesmas ideias.
A
inquietação
Uma busca
permanente. O mundo que hoje conhecemos, assim como o que ainda conheceremos é
o resultado da inquietação dos Homens, aqueles que por questionarem dados
adquiridos à época, permitiram o evoluir das ideias e do próprio conhecimento.
Tenhamos todos um espírito inquieto.
Improvisação:
“E
se o mundo fosse quadrado…”
Se o mundo
fosse quadrado, quando chegássemos à linha reta do fim do mundo cairíamos para
o universo, não haveria assim uma continuação. Os barcos, quando estivessem a
navegar, chegados a essa linha cairiam também para o universo. Se o mundo fosse
quadrado, as pessoas seriam quadradas também, os seus pensamentos seriam
quadrados, logo, não existiria muita inteligência. Os objectos seriam
quadrados, as cidades seriam quadradas, os animais seriam quadrados, seria tudo
igual, e não teria muita graça viver com pessoas iguais a nós.
Joana Courela, nº 11, 11º A
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