Poema (leitura)
O teu olhar
Passam no teu olhar nobres cortejos,
Frotas, pendões ao vento sobranceiros,
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,
Mares onde não cabem teus desejos;
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;
Passam lendas e sonhos e milagres!
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!
E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa!
Frotas, pendões ao vento sobranceiros,
Lindos versos de antigos romanceiros,
Céus do Oriente, em brasa, como beijos,
Mares onde não cabem teus desejos;
Passam no teu olhar mundos inteiros,
Todo um povo de heróis e marinheiros,
Lanças nuas em rútilos lampejos;
Passam lendas e sonhos e milagres!
Passa a Índia, a visão do Infante em Sagres,
Em centelhas de crença e de certeza!
E ao sentir-se tão grande, ao ver-te assim,
Amor, julgo trazer dentro de mim
Um pedaço da terra portuguesa!
Florbela Espanca, do livro A mensageira das Violetas
Retirado do livro poético do 10º ano
Improvisação:
A
vida das palavras
Há palavras que têm vida própria, outras a
quem alguém dá vida, como os escritores e poetas. As palavras que têm vida
própria ganharam auto-estima, têm a sua própria vida, conseguiram sobreviver
sem que alguém lhes desse alguma importância, às outras ainda os escritores
lhes dão vida nos seus textos e algum significado quando as escrevem. Fazem com
que elas se sintam iluminadas, vivas, e que estão ali por alguma razão.
Trabalho realizado por:
·
Ana Rita Pires; nº3; 11ºD
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