terça-feira, 15 de novembro de 2011

Treino de oralidade


Leitura:
Entrevista ao escritor António Lobo Antunes publicada no jornal O Jornal em Outubro de 1992.
Tendo como ponto de partida a pergunta
     “É sempre fiel a si próprio?”
O escritor respondeu
     “Sim, os livros que eu escrevo estão cheios de contradições que correspondem às minhas contradições e às contradições que existem em todos nós, às forças contrárias que constantemente nos empurram em pólos opostos…”
     “Eu penso que aquilo que faz com que nós continuemos vivos e capazes de criar é isso mesmo, uma inquietação constante. Sem ela não pode haver criação, quem não põe sempre, tudo em causa, arrisca-se a ter uma vida interior de três assoalhadas, num bairro económico (…).”

Dissertação:
Do texto lido quero tirar dois pontos de partida, as contradições e a inquietação.
As contradições
       São fundamentais para a procura de melhores soluções, colocar em causa as ideias que se têm como certas permite o evoluir dessas mesmas ideias.
A inquietação
       Uma busca permanente. O mundo que hoje conhecemos, assim como o que ainda conheceremos é o resultado da inquietação dos Homens, aqueles que por questionarem dados adquiridos à época, permitiram o evoluir das ideias e do próprio conhecimento. Tenhamos todos um espírito inquieto.

Improvisação:
“E se o mundo fosse quadrado…”
       Se o mundo fosse quadrado, quando chegássemos à linha reta do fim do mundo cairíamos para o universo, não haveria assim uma continuação. Os barcos, quando estivessem a navegar, chegados a essa linha cairiam também para o universo. Se o mundo fosse quadrado, as pessoas seriam quadradas também, os seus pensamentos seriam quadrados, logo, não existiria muita inteligência. Os objectos seriam quadrados, as cidades seriam quadradas, os animais seriam quadrados, seria tudo igual, e não teria muita graça viver com pessoas iguais a nós.

Joana Courela, nº 11, 11º A

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