Relatório
da visita de estudo à Baixa Pombalina
Img. 1 – Estátua do Chiado
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Enquanto
esperávamos, eu e mais um pequeno grupo de colegas estávamos atentamente a
ouvir a professora Ana Azevedo a apresentar-nos o Largo do Chiado: Este Largo
foi dedicado a um poeta popular do século XVI , o Chiado (Img. 1). Ao pé da
entrada do metro esta a sua estátua feita no século XX. Hoje em dia, no Largo
do Chiado, ainda se ouvem muitos universitarios a tocar e a dançar, artistas a
desenhar e varias outras pessoas a fazer “Arte” (de serta maneira era o
ambiente vivido naquela época). Também reparámos num pequeno cabelereiro
situado à esquerda da entrada do metro. Este é o cabelereiro mais antigo da
Europa que ainda está em funcionamento.
Img. 2 – Café Brasileira
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O Grupo C (Margarida e Raquel)
conduziram-nos até ao Mira D’Ouro de Santa Catarina também conhecido por
Adamastor : Foi dado o nome de Adamastor porque tem a ver com os Descobrimentos
e o Mira D’Ouro tem vista directa para o rio Tejo de onde partiam as naus. O nome
de Santa Catarina foi dado por causa de uma igreja que hoje já não existe. A
Margarida e aRaquel leram uma excerto do “Mostrengo” da Mensagem e “O
Adamastor” d’Os Lusiadas. A estátua é de João Vaz de 1927.
De seguida fomos para o Largo de
São Carlos onde a Ana Margarida (Grupo A) o apresentou : “No 4º andar desta casa em 13 de junho de 1888
nasceu o poeta Fernando Pessoa. ” O Teatro de São João é do século XIX. Leitura
de duas cartas escritas por Fernando Pessoas uma sobre a sua infância e outra
ao Álvaro de Campos. Recitação de um poema de FP pela professora sobre a
infância.
No mesmo largo, a Cláudia (do meu
grupo , Grupo D – Viktoriya, Claudia, Joana Rodrigues e Carlos) falou-nos da
Igreja dos Mártires – Igreja onde Fernando Pessoa foi batizado. No inicio foi
apenas uma pequena Igreja que D. Afonso Henriques dedicou aos Mártires. É do
estilo Neo-clássico\Barroco depois de ser reconstruida por causa do terramoto
de 1755. Leitura do poema:
Ó sino da minha aldeia
“Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.”
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.”
A seguir, o Carlos conduziu-nos até ao Largo Bordalo Pinheiro: Foi neste
edifício na porta Nº 31, numa sala alugada onde se realizaram as conferências
do Casino Lisbonense em 1871. Aqui decorreram 5 conferências distintas
dos quais participaram Eça de Queiroz, Antero de Quental,Augusto Soromenho e
Adolfo Coelho; estes intelectuais fizeram renascer um manifesto de geração, a
geração de 70, que como principal objectivo tinha refletir e alertar as
mudanças políticas e sociais que o mundo sofria,de analisar a sociedade
daquele tempo e como último propósito estudar e apoiar todas as novas
correntes estéticas do séc XIX .Vieram contrapor o romantismo e trouxeram o
realismo e o naturalismo.A geração de 70 foi responsável pela viragem
ideológica da segunda metade do séc. XIX,contando também com Ramalho de
Ortigão, Oliveira Martins ,Guerra Junqueiro e Teófilo Braga.
Largo do Carmo, da Joana
Rodrigues : Foi no ano de 1908 a 1912 que
Fernandes Pessoa morou sozinho num quarto alugado no nº18, 1º esquerdo. Foi
quando deixou a Universidade "a empaturrar-se de livros". Aí viveu
dos 20 aos 24 anos .
Aqui nasce a ideia da Mensagem inspirada no Convento do Carmo (Img.4), mandado construir por Nuno Alvares Pereira. sendo um dos heróis da Mensagem. O convento é Gótico, é o Primeiro núcleo arqueólogico .
(...)" E a revolta bem podia ser bordado a missanga por minha avó
E ser relíquia da sala da casa velha que não tenho.
(jantávamos cedo, num outrora que já me parece de outra encamação. E depois tomava-se chá, noutes sossegadas que não voltam.
Minha infância, mesmo quando eu adolescia, passou,
Fiquei triste, como se a verdade me tivesse sido dita,
Mas nunca me foi dita verdade nenhuma enquanto sentia o passado)."
Aqui nasce a ideia da Mensagem inspirada no Convento do Carmo (Img.4), mandado construir por Nuno Alvares Pereira. sendo um dos heróis da Mensagem. O convento é Gótico, é o Primeiro núcleo arqueólogico .
(...)" E a revolta bem podia ser bordado a missanga por minha avó
E ser relíquia da sala da casa velha que não tenho.
(jantávamos cedo, num outrora que já me parece de outra encamação. E depois tomava-se chá, noutes sossegadas que não voltam.
Minha infância, mesmo quando eu adolescia, passou,
Fiquei triste, como se a verdade me tivesse sido dita,
Mas nunca me foi dita verdade nenhuma enquanto sentia o passado)."
Img.4 - Convento do Carmo
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Rua Primeiro de Dezembro (Restaurante Leão
D’Ouro), Grupo E (Rafael, Diogo Dias, Sófia e Tiago) : Foi aqui o encontro de
vários artistas como Fernando pessoas, Almada Negreiros entre muitos
outros. Foram chamados “O grupo do Leão”.
Estação do Rossio, Grupo F (Mafalda e Ana
António) : Fernando Pessoa foi a estação buscar o amigo, o Sá Carneiro. Leitura
de um excerto de uma carta de FP ao Sá Carneiro. Lentro da estação existem uns
azulejos de Lima de Freitas que tem a ver com o 5º Império da “Mensagem”.
Largo D. João da Câmara, Diogo :, Fernando Pessoa frequentava
o café Martinho (onde agora
é o BPI) à espera que a sua amada, Ofélia acendesse a luz e viesse à janela.
Leitura de uma carta de FP para Ofélia.
Rossio, Diogo Dias : Era onde Baltazar e
Blimunda se conheceram no Memorial do Convento. Fernando Pessoa
frequentava vários cafés (Café Portugual, Café, Gelo, Café o Martinho, A
Brasileira do Rossio, Café Bocage, Restaurante Irmãos Unidos)
Praça da Figueira, Tiago : Era o mercado
principal da cidade de Lisboa. Vê-se o Castelo de São Jorge(Medieval). No meio
da praça existe a estátua equestre do João I , Mestre de Avis.
A Licorista, Grupo G (Willian e David) : A
morte de FP foi influenciada pelo alcool. Era aqui que FP iria beber. Leitura
de um poema de FP sobre o álcool.
Depois de visitarmos estes locais,
seguiam-se as ruas dos esctritórios onde Fernando Pessoa trabalhou : Rua da
Prata, Rua Augusta, Rua dos Douradores,
Rua da Assunção, Rua dos Fanqueiros, Rua da Vitória e a Rua do Ouro.
A Rua do Ouro (o meu local) : “Rua do Ouro, 87 nº2: local onde esteve instalada em
1917-1918 a firma de «comissões e consignações» de Fernando Pessoa, Geraldo
Coelho e Augusto Ferreira Gomes ”
Primeira estrofe
“Acordar da cidade de Lisboa ,mais
tarde do que as outras
Acordar da Rua do Ouro,
Acordar do Rossio, ás portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare que nunca
dorme,
Como um coraçao que tem que pulsar
através da vigilia e do sono.”
PESSOA, Fernando. Poesias de Alvaro
de Campos Lisboa, Ática
Praça do
Comércio, Diogo Dias : O Café Martinho da Arcada foi o primeiro café de Lisboa e
chamava-se “Casa Da Neve”. Dentro do café estão preservadas a mesa de Pessoa e
a mesa de Saramago. A Nossa turma pode entrar em grupos pequenos e ver o interior
do café.
Se Fernando Pessoa estivesse
presente na nossa visita de estudo, teria orgulho no seu trabalho e sentiria
saudade dos tempos vividos em Lisboa. Fomos a quase todos os sitios onde ele viveu
momentos bons e maus.
A visita de estudo foi bastante
interessante, muito diferente das outras a que ja fui. Consegui viver o tempo em que
estávamos estudar. Parece que estávamos noutra época. Foi bastante produtiva
pois conseguimos divertir-nos, passear e ao mesmo tempo estudar a Biografia e
os poemas de Fernando Pessoa.
Viktoriya Moshnayaha Nº25 12º A
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