A visita de estudo realizada à Baixa “Pessoana, Camoniana e
Saramaguense”, teve lugar no dia 9 de Novembro de 2012.
O ponto de encontro foi o Largo do Chiado, em frente ao café
Brasileira, que continua a ser ponto de muitos encontros.
Descobri que o termo bica significa “beba isto com açúcar”,
o que me aborreceu, tendo em conta que não bebo aquilo com açúcar. O café é
sozinho, e sozinho devia beber-se. Ou talvez não, talvez a sugestão mais
simpática fosse “beba isto como apetecer”. Não houve sequer tempo para café,
apenas para olhar de repente para os 11 quadros expostos nas paredes da
Brasileira.
Saímos e encontrámos o Mestre Lagoa Henriques sentado à chuva, com Pessoa no pensamento.
Sugeriu uma viagem até ao Miradouro de Santa Catarina, que era lá que gostaria
de estar, mas que mover não se podia.
No miradouro encontrámo-nos com Pessoa e Camões, através das
leituras relativas, ao também presente Adamastor ou Mostrengo, que a chuva
parecia ter amainado.
De seguida, dirigimo-nos às Belas Artes, que foi outrora a
Biblioteca Nacional, também frequentada por Pessoa. Passámos pelo Largo S.
Carlos, pela Igreja dos Mártires, pelo Largo Camões, pelo Largo do Carmo, pela
Estação do Rossio, até chegarmos ao Rossio propriamente dito, onde foi
divulgada alguma correspondência trocada entre Pessoa e Ofélia, creio que
Pessoa tenha até corado, sentido algum desconforto, mas certezas não as tenho.
Foi também no Rossio onde lemos o nosso excerto do Memorial do Convento , e onde fomos visitados por Saramago. Apareceu
zumbindo e pousou no livro. Não disse nada nem antes, nem durante a leitura.
Apenas no fim é que se pronunciou, Ainda chove, esta chuva queixosa, e
queixando-se vai caindo o resto do dia.
Joana Nogueira nº13 12ºE
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