Júlio Pomar
Neste passeio,
estampado em frente à Brasileira relembro as conversas que tinha com outros
modernistas, e dessecados por baixo da pele de modernistas, amigos. Ainda
cheiro a minha habitual e opcional bica, que antes do Beba Isto Com Açúcar,
beber isto era tortura.
No Largo de
S.Carlos revejo a minha aldeia e também me acertam com facas de tristeza e
agonia ao relembrarem alguns dos meus antigos entes próximos. Na capela dos
Mártires não relembro o meu baptismo por não me lembrar desse dia, mas antes a
homenagem a Santo António. Por entre cafés e restaurantes os meus olhos
focam-se no Leão D’ouro, mais precisamente numa pintura de convívio onde pairam
temas interessantes que são apanhados pela mente e libertados pela boca destes
modernistas. A seguir, no Largo D.João da Câmara relembro a minha guarda
ridícula e os poemas ridículos de cartas de amor ridículas.
Na Rua dos
Fanqueiros vejo o escritório onde trabalhei e ao meu redor vejo em vários cafés
e bancos de jardim o Livro do Desassossego assim como no Abel da Fonseca
vejo-me em flagrante delitro para a minha Ophelia. Eu com os joelhos já
sobrecarregados de memórias e passeio passarei ali no Martinho que sei que
ainda me esperam numa mesa.
Rita Martins Viela
12ºA; Nº20
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