domingo, 23 de outubro de 2011

Brincar com a língua

“Síncope”


 Mesmo sendo usada para situações variadas, cheguei à conclusão que se baseia tudo nos mesmo aspectos.
Existem as síncopes musicais. Isto é uma característica rítmica caracterizada pela execução de uma nota num tempo fraco, ou seja, quando nos parece que o tempo está “fora do tempo”. O facto de se poder produzir um “tempo fora do tempo”, dá infinitas possibilidades ao tempo em si, e mais liberdade, alma e coração a quem compõe.
Na medicina, o sangue é irrigado pelo nosso ponto central – o coração – para o cérebro. Quando isto acontece “fora do tempo” e a irrigação diminui, o corpo sofre uma síncope – perde subitamente a consciência, ou seja, a pessoa desmaia. O que é um desmaio, senão a libertação da consciência do corpo?
Na gramática também há uma perda, perda esta que também se dá no centro da palavra. As palavras estão sujeitas à supressão de fonemas à medida que a língua evolui e por vezes liberta-se um segmento na articulação no meio das palavras. Quando observamos a evolução de uma palavra, como por exemplo “Lana – Laa – Lã”, sabemos que as primeiras expressões estão desactualizada, estão “fora do tempo”.
“Síncope” pode, então, ser explicado, em poucas palavras, como “o que está fora do tempo” e “o que cria liberdade”.

Joana Santos, 11º E, nº 14

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