Apresentação oral
Leitura:
“... cheias de mulheres que vestem por
igual.”
Desço aquela escadaria sem fim do
costume, entro na carruagem, e fico com a sensação que mil e um olhares
têm as objetivas focadas em mim. As caras quase inanimadas revelam a
exaustão de mais um dia.
Saí na minha estação, e um mar de
gente apoderou-se do chão branco que existia, apoderado por aquelas cores escuras
e sombrias das vestes.
Uma jovem trazia um casaco com cores
chamativas; por onde quer que passasse, os olhares curiosos seguiam-na, como se
fosse censurada em tempo de ditadura.
A meu lado estava uma criança com a
pele delicada e de barriga cheia que se levanta de uma forma teatral dizendo:
“- As mulheres vestem por igual”.
Dissertação:
Este excerto (“ cheias de mulheres
que vestem por igual”) foi tirado do Memorial
do Convento, do capitulo III.
Esta ação passa-se toda ela no
metro, onde é a rotina de muitos jovens e adultos. Na realidade, a criança
referida no meu texto não reagiu daquela forma, mas eu gostaria que assim tivesse sido. A nossa sociedade está cada vez mais a seguir um “modelo”, o que se torna
cansativo e pouco imaginativo. Com isto queria explicar que se uma criança
percebe as diferenças, para elas é mais estranho perceber que todas as mulheres
estão vestidas de igual, do que ver uma outra pessoa que esteja vestida de
maneira diferente, tendo assim originalidade, palavra que nesta sociedade tem pouca prática.
Improvisação: “como se vestem os homens”
Para mim, os homens estão todos postos com aquelas
camisolas sempre do mesmo estilo, o que muda são as cores. As calças
largas, quase nos joelhos, dizendo que é estilo. Todos eles seguem um ideal,
tal como as mulheres. É difícil sair do “normal”, isto é, os homens que se
vestem de maneira diferente, são
muitas vezes “olhados de lado”, e com preconceito (como diz o meu texto). Por
isso, a originalidade faz a diferença!
Ass: Joana Sofia Fernandes Rodrigues
Nº
12 12ºA
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