domingo, 18 de novembro de 2012

Oralidade



Leitura:
“Arquipélagos”

O Homem é uma ilha. Nessa ilha está uma árvore. A madeira dessa árvore serve para construir meia ponte. Só meia! Essa ponte serve para chegar a outras ilhas mas só fica completa se a outra ilha construir a outra metade.
As grandes ilhas são aquelas que têm a mania de chegar a toda a gente; a árvore delas cresce muito depressa e a ilha também, para ter espaço para todas as pontes.
Então e existem ilhas sem pontes? Não. Quando uma ilha se forma, já vem com pontes de ferro e passado algum tempo, quando a árvore cresce tudo o que tem para crescer, começamos a construir as nossas próprias pontes.
E as pontes velhas, não caem? Não. Nós é que as desconstruímos quando já não há hipóteses de elas ficarem de pé.
Se o Homem é uma ilha, as suas relações são pontes e é assim que se formam arquipélagos.

Dissertação:
Escrevi este texto, porque acho que esta metáfora explica bem o processo de estabelecer relações com as outras pessoas e nem sempre percebemos como isto acontece no nosso dia-a-dia. Encontrei algures a frase “O Homem é uma ilha” e fez-me muito sentido, porque mesmo que vivamos em sociedade, continuamos a ser indivíduos, cada um com a sua vida. Quando estamos a estabelecer uma relação com alguém, tem sempre de haver um contributo de ambas partes a fim de resultar numa relação saudável. Todos temos a nossa ilha, pequena ou grande, com pontes em construção ou destruídas.

Improvisação:
“Autoestradas Invisíveis”
É muito difícil construir autoestradas na água. Para podermos construir autoestradas precisamos de pontes, logo as autoestradas são pontes mais avançadas que criamos quando temos uma relação muito especial com outra pessoa, por isso é que as autoestradas são invisíveis, só as pessoas dessa relação podem vê-la.

Nenhum comentário:

Postar um comentário