quarta-feira, 12 de junho de 2013

O Sarau



- Champagne Monsieur?
- Obrigado! – e delicadamente pego no pé do copo e dou um golo.
Transpondo uma portada de madeira segura por um criado, entro num salão minuciosamente decorado com peças de arte e revestido por padrões e cores do séc. XIX, num canto um piano toca... Verdi... O salão é invadido por um ambiente de requinte, de pensamentos, ideias, opiniões...
Homens eruditos preenchem o espaço e cultivam a cultura geral e o espírito crítico em seu redor, pequenos grupos de homens sentados em poltronas, em pé ou recostados nos móveis ou no piano, onde toca agora Wagner... oh! a imensidão do salão, as cores, os candelabros, os casticais, os móveis de mogno, o champagne, as conversas, os empregados, a comida, a instrução, o lazer, tudo em meu redor, oh! A força e rapidez da música de Wagner enrolam-se-me na cabeça, numa espiral de emoções e sensações.
Melodia de Chopin... que leveza e calma... uma conversa erudita, os empregados movendo-se e servindo silenciosamente, a luz ténue das velas, o salão permanece durante uns momentos silencioso apenas com a melodia a tocar, como se toda a sala se encontrasse agora num plano quase místico... Uma dança de tecidos, a valsa floresce e ocupa a área...
Sentado num cadeirão tudo observo, o jogo, a dança, a música, os intelectuais, os artistas, a festa repleta de torres de champagne, bolos, exuberâncias e tentações. (Obrigado Bethoven por esta última parte)

Diogo Dias nº9 11ºA 

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