- Champagne
Monsieur?
- Obrigado!
– e delicadamente pego no pé do copo e dou um golo.
Transpondo
uma portada de madeira segura por um criado, entro num salão minuciosamente
decorado com peças de arte e revestido por padrões e cores do séc. XIX, num
canto um piano toca... Verdi... O salão é invadido por um ambiente de requinte,
de pensamentos, ideias, opiniões...
Homens
eruditos preenchem o espaço e cultivam a cultura geral e o espírito crítico em
seu redor, pequenos grupos de homens sentados em poltronas, em pé ou recostados
nos móveis ou no piano, onde toca agora Wagner... oh! a imensidão do salão, as
cores, os candelabros, os casticais, os móveis de mogno, o champagne, as
conversas, os empregados, a comida, a instrução, o lazer, tudo em meu redor,
oh! A força e rapidez da música de Wagner enrolam-se-me na cabeça, numa espiral
de emoções e sensações.
Melodia de Chopin...
que leveza e calma... uma conversa erudita, os empregados movendo-se e servindo
silenciosamente, a luz ténue das velas, o salão permanece durante uns momentos
silencioso apenas com a melodia a tocar, como se toda a sala se encontrasse agora
num plano quase místico... Uma dança de tecidos, a valsa floresce e ocupa a
área...
Sentado num
cadeirão tudo observo, o jogo, a dança, a música, os intelectuais, os artistas,
a festa repleta de torres de champagne, bolos, exuberâncias e tentações.
(Obrigado Bethoven por esta última parte)
Diogo Dias
nº9 11ºA
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