quarta-feira, 12 de junho de 2013

Oralidade



Leitura

Lisboa
Capital e maior cidade de Portugal
Lisboa
Com cerca de 547 000 habitantes
Concelho com inúmeras freguesias e distrito com inúmeros concelhos.
Terra de mitos e lendas, terra de artistas. Terra de Eça e Cesário, terra de arte.
Como todos os fins-de-semana, saí de casa com o intuito de um passeio, arranjei-me, preparei a mochila, guardei a carteira e o telemóvel e depois disso tudo, apanhei o autocarro, tendo como destino de excelência Lisboa e a sua baixa pombalina, baixa de ruas organizadas e praças alinhadas, baixa de vivacidade, de cores, cheiros e sons, ruas um pouco estreitas que desembocam em praças amplas, ruas de comércio e trabalho, ruas de lazer e diversão.
Subitamente parei e sentei-me num banco virado para o café nacional questionando-me por que razão tinha Cesário tanta aversão a esta cidade cheia de vida, terá sido ela a desprezá-lo e a atirá-lo para os beirais da estrada? Duvido... , talvez porque Cesário era uma pessoa tão única e diferente que a olhava e via como aquilo (pelo menos para mim), não  é.
Ao contrário de Cesário, Eça idolatrava esta cidade, por que outra razão escolheria Eça Lisboa como principal pano de fundo da sua munumental obra Os Maias, que deu à luz tanta arte e artistas, Camões, Fernando Pessoa, Garrett, entre outros...

Dissertação

“TED, Ideas worth spreading”, é o nome de um programa televisivo em que diversas pessoas se apresentam e demonstram o seu ponto de vista e dentro dos inúmeros participantes, houve um que para mim se destacou, o seu nome é Elizabeth Gilbert, uma escritora que apresentou uma tese a que atribuiu o nome de “Uma nova forma de pensar em critatividade”.
 Elizabeth Gilbert apresenta o artista como sendo alguém que sofre de um tremendo stress e tristeza quando se depara com um grande sucesso, o que deixa sobre si uma grande sombra que o artista pensa não poder superar, ou um fracasso ou expectativa de fracasso. No entanto Elizabeth apresenta uma solução, algo que remonta aos tempos antigos da época clássica onde o artista e o seu processo criativo eram devidamente separados, era crença na altura que a criatividade era um ser místico que vivia nas paredes das oficinas dos artistas – como ela diz: “Ai está! A construção psicológica que protege o artista do seu trabalho”, se o trabalho é muito bom, o crédito não é só do artista, mas se é um fracasso a culpa também não é completamente dele. Completou com o exemplo de um seu amigo músico a quem uma vez surgiu uma ideia para uma música e ele aterrorizado por não ter nenhum papel ou local onde apontar, parou, e disse para o ar: “Não vês que eu estou a conduzir?, parece-te que posso escrever uma música agora?! Se queres existir aparece num momento mais oportuno ou então vai chatear outro!”. Tirar de cima do artista toda a responsabilidade do processo criativo, pois dizer a alguém que todo o processo de criatividade se encontra em si é a mesma coisa que pedir para engolir o sol, é demasiado para uma pequena e frágil mente humana!
Elizabeth Gilbert termina a sua dissertação a felicitar todos os artistas, “Bravo a vós por terem para a vossa parte do trabalho, Bravo a vós, apesar de tudo!”.

Improvização (“a minha rua daqui a dez anos”)

Tanta coisa muda em dez anos, demasiada coisa muda. A minha rua, provavelmente, daqui a dez anos nem existirá, ela já não tem saída e penso que nem entrada passará a ter, as poucas árvores despidas deixarão de existir e a rua irá tornar-se um parque de estacionamento, não ponho a hipótese de poder vir a haver mais edifícios, porque já não sobra espaço, só se os meterem em cima dos já existentes, evento que não provocaria qualquer tipo de surpresa.
 A minha rua provavelmente não passará de um quadro cinzento de uma zona urbana igual a qualquer outra e aquela magia de lar que rodeia Alfragide irá perder-se.


Diogo Dias nº9 11ºA

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