Leitura
Lisboa
Capital e maior cidade de Portugal
Lisboa
Com cerca de 547 000 habitantes
Concelho com inúmeras freguesias e distrito
com inúmeros concelhos.
Terra de mitos e lendas, terra de
artistas. Terra de Eça e Cesário, terra de arte.
Como todos os fins-de-semana, saí de
casa com o intuito de um passeio, arranjei-me, preparei a mochila, guardei a
carteira e o telemóvel e depois disso tudo, apanhei o autocarro, tendo como
destino de excelência Lisboa e a sua baixa pombalina, baixa de ruas organizadas
e praças alinhadas, baixa de vivacidade, de cores, cheiros e sons, ruas um
pouco estreitas que desembocam em praças amplas, ruas de comércio e trabalho,
ruas de lazer e diversão.
Subitamente parei e sentei-me num
banco virado para o café nacional questionando-me por que razão tinha Cesário
tanta aversão a esta cidade cheia de vida, terá sido ela a desprezá-lo e a
atirá-lo para os beirais da estrada? Duvido... , talvez porque Cesário era uma
pessoa tão única e diferente que a olhava e via como aquilo (pelo menos para
mim), não é.
Ao contrário de Cesário, Eça
idolatrava esta cidade, por que outra razão escolheria Eça Lisboa como
principal pano de fundo da sua munumental obra Os Maias, que deu à luz tanta arte e artistas, Camões, Fernando
Pessoa, Garrett, entre outros...
Dissertação
“TED, Ideas worth spreading”, é o nome
de um programa televisivo em que diversas pessoas se apresentam e demonstram o
seu ponto de vista e dentro dos inúmeros participantes, houve um que para mim
se destacou, o seu nome é Elizabeth Gilbert,
uma escritora que apresentou uma tese a que atribuiu o nome de “Uma nova forma
de pensar em critatividade”.
Elizabeth Gilbert apresenta o artista como
sendo alguém que sofre de um tremendo stress e tristeza quando se depara com um
grande sucesso, o que deixa sobre si uma grande sombra que o artista pensa não
poder superar, ou um fracasso ou expectativa de fracasso. No entanto Elizabeth
apresenta uma solução, algo que remonta aos tempos antigos da época clássica
onde o artista e o seu processo criativo eram devidamente separados, era crença
na altura que a criatividade era um ser místico que vivia nas paredes das
oficinas dos artistas – como ela diz: “Ai está! A construção psicológica que
protege o artista do seu trabalho”, se o trabalho é muito bom, o crédito não é
só do artista, mas se é um fracasso a culpa também não é completamente dele.
Completou com o exemplo de um seu amigo músico a quem uma vez surgiu uma ideia
para uma música e ele aterrorizado por não ter nenhum papel ou local onde
apontar, parou, e disse para o ar: “Não vês que eu estou a conduzir?, parece-te
que posso escrever uma música agora?! Se queres existir aparece num momento
mais oportuno ou então vai chatear outro!”. Tirar de cima do artista toda a responsabilidade
do processo criativo, pois dizer a alguém que todo o processo de criatividade se
encontra em si é a mesma coisa que pedir para engolir o sol, é demasiado para
uma pequena e frágil mente humana!
Elizabeth Gilbert termina a sua
dissertação a felicitar todos os artistas, “Bravo a vós por terem para a vossa
parte do trabalho, Bravo a vós, apesar de tudo!”.
Improvização (“a minha rua daqui a dez
anos”)
Tanta coisa muda em dez anos,
demasiada coisa muda. A minha rua, provavelmente, daqui a dez anos nem
existirá, ela já não tem saída e penso que nem entrada passará a ter, as poucas
árvores despidas deixarão de existir e a rua irá tornar-se um parque de estacionamento,
não ponho a hipótese de poder vir a haver mais edifícios, porque já não sobra
espaço, só se os meterem em cima dos já existentes, evento que não provocaria
qualquer tipo de surpresa.
A minha rua provavelmente não passará de um
quadro cinzento de uma zona urbana igual a qualquer outra e aquela magia de lar
que rodeia Alfragide irá perder-se.
Diogo Dias nº9 11ºA
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