Nome: Joana Tomás Ferreira
Número: 16
Ano e turma: 11ºD
Tema: Reflexão sobre o meu percurso em Português, este ano.
Borboleta, flor ou
borboleta flor?
‘’Era tudo sem sentido’’. Não
percebia nada. ‘’Absurdo’’. Nem o motivo,
nem o objectivo. ‘’Pus-me a rir’’.
Aconteceu-me no início do ano, ‘’porém daí não
me vinha tranquilidade, mas sim tormento’’. Para mim ‘’a borboleta era apenas borboleta e a flor apenas flor’’.
Como me podiam agora pedir para descrever uma borboleta como se fosse uma flor?
‘’Por momentos acreditei que o camião se tivesse
virado’’. O meu camião, o camião de toda a minha aprendizagem ‘’cinzanulenta’’. ‘’Vi
ruir um império próspero e ordenado’’, pensava eu, ‘’como o dos Aztecas, invadido por um ser
incompreensível, armado de instrumentos de morte jamais vistos’’.
‘’O que acontece afinal é
que a rua estava de pernas para o ar’’. Pelo
menos para mim. ‘’Acontece!’’. E assim que
encontrei e segui um caminho, o meu caminho. ‘’Despi-me
dessa coisa insignificante a que chamam Eu e tornei-me num mundo imenso’’,
a começar pelo meu diário literário, ao qual decidi dar o nome Um Mundo de Cada
Vez... E ‘’o meu apetite começou a devorar a terra,
deixando para trás o deserto’’, terra esta onde cheguei a ‘’esculpir em madeira budas de eterno sorriso’’.
E com
tudo isto, descobri que ‘’se há talentos para a
corrupção, haverá também talentos para a correspondente vacina’’. A
vacina do intelectual e do introspectivo, do bonito e florido ou do frio e
duro. Enfim, a escrita. Pois apesar de os tais corruptos ‘’terem poderes que parecem para além do humano, (...)
não se pode excluir uma superioridade da nossa parte, talvez capaz de
equilibrar a balança. Quando os levamos a visitar as maravilhas da nossa
capital, a sua estupefacção é sempre tão grande! O verdadeiro triunfo é
nosso...’’.
Com
toda esta história da importância da correspondência entre a aula e a vida, a
verdade é que todos nós, cada um à sua maneira, acabámos por descobrir que ‘’por fim talvez sejamos todos irmãos’’. Como se ‘’o fim do mundo estivesse aqui suspenso, e entre todos
os acontecimentos extraordinários de que a nossa vida foi testemunha, o mais
extraordnário é que tudo continua na mesma’’. Tudo está interligado e
nada, nada ‘’se desmoronou’’. O mesmo ‘’vento que deu o sopro da vida aos nossos avós, também
acolheu os seus últimos suspiros’’, verdade? E não há nada mais
importante do que reflectir sobre essa ligações.
Porém ‘’a minha coragem é como os chifres do caracol, só saem
da boca para fora’’. E se isto parece conversa de profissional ou
conversa de 20, a verdade é que a conversa é de profissionais e a minha de 17.
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