domingo, 6 de maio de 2012

Oralidade


Dissertação
O poema que escolhi para a dissertação, “Foi Poeta Castrado, Não!”, de Ary dos Santos. Escolhi este poema porque infelizmente é um retrato da sociedade em que nos encontramos. Encontramo-nos numa sociedade que oprime, que julga e que cala quem tem algo diferente para dizer. Ary diz não. Ary prefere ser tudo o que lhe chamarem, a um poeta castrado. O papel da arte, muitas vezes, é mostrar o que sentimos, é fazer uma crítica, é dar uma visão periférica, para aqueles que não conseguem ver. Ary utiliza o poder de um verso para mostrar o que alguns não querem ver. O poeta critica o mundo, critica a fome, critica a guerra, e é isso que admiro em Ary, pois é um poeta frio, realista e direto, sem rodeios.


Improvisação
Por vezes as palavras são mais fortes que bombas. Magoam, queimam, ardem. As palavras são como as armas, é preciso saber usá-las, pois um passo em falso e podemos matar. Elas matam, deixando mazelas físicas. Mas as palavras magoam a um nível diferente, o nível psicológico. As suas mazelas podem ser tão fortes como as das bombas, em casa da sobrevivência, podem marcar-nos para a vida toda. Perseguem-nos em cada esquina do pensamento e é difícil apagá-las, por vezes até impossível.

Elsa

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