sábado, 19 de maio de 2012

Oralidade



Leitura
As palavras e o caracol

As palavras são como o caracol
só saem da boca para fora.
O caracol anda com a casa atrás,
as palavras com a vida à frente,
mas os dois com expressividade,
de sentimentos e com o coração,
 a cambalhotar de paixão.
                                                                     Ana Rita Pires; 31-10-2011

Dissertação
O poema acima descrito foi inspirado numa frase retirada de um texto apresentado pela professora, a partir de um dos livros lidos no início da aula. O poema retrata uma comparação e ao mesmo tempo uma metáfora, há uma comparação entre duas coisas opostas, as palavras e o caracol, dizendo que as palavras andam com a vida à frente, isto é, ganham vida quando têm uso, e o facto de o caracol andar com a casa atrás é verdade, anda com a sua casca que é a sua casa sempre atrás, nunca descansa.                       
Outro aspeto do poema é um neologismo, palavra inventada a partir de outras, que é o cambalhotar, uma palavra que dá, no texto uma sensação de “tudo ao monte”, cheio de paixão.
Improvisação
O silêncio do caracol

 O caracol não está em silêncio, por vezes pode passar despercebido e isso pode considerar-se algo invisível, silencioso, mas não está, o caracol é um animal independente e autónomo, e está sempre a trabalhar, a arrastar a sua casa às costas, e nessa altura não está silencioso. O seu arrastar cria um som, nem que seja o som do estranho “muco” que cria quando está a arrastar-se. Portanto, o caracol com a sua vida atarefada, pode estar a produzir sons, ou estar apenas com os corninhos ao sol, invisível, e em silêncio.

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