quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Texto argumentativo




É a crise, e pronto !

                É um assunto que está mais que falado, mais que discutido mas ainda não está esgotado. As pessoas queixam-se muito, mas ainda não estão a passar pelo pior. Enquanto uns se queixam que já não podem ir às compras todos os dias, outros queixam-se que só têm duas refeições por dia, quando têm. Dizem que estamos em crise e que está tudo muito mau para eles, mas em vez de fazerem algo contra isso, fazem exatamente o contrário. Conheço muita gente desempregada que vive apenas de subsídios, não têm trabalho por não procurarem ou por não quererem, no entanto vêm pedir dinheiro aos meus pais porque dizem que não têm que comer. Muitos vão pedir no metro ou nas ruas, mas assim que saem de lá pegam num cigarro e fumam-no sem ter consciência que este foi comprado com o dinheiro de alguém que fez para o merecer, e que no momento achou que estava a contribuir para a felicidade de alguém.
                A sociedade atual ainda não tem a noção de sofrimento, de fome, de miséria. Os nossos avós, esses sim sofreram bastante na sua infância, alguém os vê queixarem-se da mesma maneira que os outros? Claro que não, e isso significa que já passaram por muito pior. A verdade é que estamos todos mal habituados.somos pobres e mal agradecidos. Quando toca no assunto da crise se torna mais fácil culpar apenas o governo. Grande parte da culpa é deles, mas está na hora de ajudar Portugal a crescer, porque queixar e culpar os outros não resolve, nem vai resolver nunca a situação. O governo tomou medidas, certas ou erradas, foram tomadas com a intenção de ajudar. Vivemos num país com direitos, mas se temos o direito de usufruir dos subsídios que, ao fim ao cabo, são dados pelos que trabalham, e como com os direitos vêm as obrigações, podiam, no mínimo ser honestos e mostrar que os merecem, e sobretudo que realmente precisam.
                Se continuarmos a criticar sem fazer nada, a situação só vai piorar. A criminalidade está a aumentar drasticamente, muitos adolescentes estão a desistir dos estudos para poderem trabalhar… Tantos jovens que vão à escola “passear os livros”, e faltam às aulas porque “não têm paciência”, pensem na oportunidade que estão a perder. Se hoje em dia o nono ano já não é nada no mercado, imagine-se daqui a uns anos…Se já existem imensos graduados e sem trabalho, o que faremos quando for a nossa altura?
                A solução está em tentar agir da forma correta, não vale a pena dizer que estamos em crise, e pronto.



Ana Sofia, nº5, 11ºE

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